No ano de 1974, na manhã de 25, do mês de Abril ocorreu um facto histórico que mudou radicalmente o modo de vida de Portugal. O regime salazarista começava a mostrar fraquezas desde a década de 60 e estava na hora de mudar. No entanto, por vezes esquecemo-nos de quem conseguiu evocar a liberdade e a igualdade em oposição a um regime autoritário e desigual: os jovens! Foram estes os principais agentes que originaram a revolta de 25 de Abril. Eram apenas os jovens que tinham contacto com o que se passava fora de Portugal, que ideias de democracia existiam, que sentiam que a guerra colonial era desnecessária, que sabiam que o país na evoluía e, sobretudo, era os jovens, os únicos capazes de dizer CHEGA e exaltar à MUDANÇA.
Podemos mesmo dar exemplos antes do 25 de Abril, que mostram esse interesse dos jovens. Nas escolas, chegava a haver brigas entre estudantes por apoiarem ideologias diferentes. Os universitários organizavam manifestações nas ruas das cidades de modo a mostrar o seu descontentamento. A maior parte dos cantores de intervenção eram jovens. E eram, geralmente, jovens que distribuíam a propaganda comunista e que tinham coragem de o fazer, mesmo com a consciência que se fossem descobertos seriam, não só presos, como torturados.
Ainda assim, o 25 de Abril deu-se pacificamente e Portugal conseguiu viver em democracia desde então. Mas, apesar de se viver em liberdade, houve valores que se foram perdendo com o passar do tempo. Depois deste acontecimento, as gerações de jovens seguintes foram perdendo aquele entusiasmo que foi sentido pelos jovens de 70.
No ano de 2008, na manhã de 25, do mês de Abril, Cavaco Silva, presidente da República portuguesa ensaia o discurso que vai dizer na cerimónia comemorativa do aniversário da data histórica. No seu discurso ele vai dizer que se apercebe que os jovens estão hoje, alheados da vida política e acrescenta que isto se deve a acção dos órgãos políticos. Depois deste discurso, José Sócrates, assumiu que iria tentar fazer alguma coisa, de modo a terminar com este problema. Estamos no fim de Novembro e o discurso foi há mais de 6 meses.
Se repararmos, este problema não se enquadra apenas no caso português. Nos EUA, por exemplo, em 2004, George W. Bush foi eleito com menos de 30% da participação de todos os eleitores. Só neste exemplo não vemos apenas um afastamento juvenil relativamente à política, mas vemos um afastamento dos cidadãos em geral!
Podemos mesmo dar exemplos antes do 25 de Abril, que mostram esse interesse dos jovens. Nas escolas, chegava a haver brigas entre estudantes por apoiarem ideologias diferentes. Os universitários organizavam manifestações nas ruas das cidades de modo a mostrar o seu descontentamento. A maior parte dos cantores de intervenção eram jovens. E eram, geralmente, jovens que distribuíam a propaganda comunista e que tinham coragem de o fazer, mesmo com a consciência que se fossem descobertos seriam, não só presos, como torturados.
Ainda assim, o 25 de Abril deu-se pacificamente e Portugal conseguiu viver em democracia desde então. Mas, apesar de se viver em liberdade, houve valores que se foram perdendo com o passar do tempo. Depois deste acontecimento, as gerações de jovens seguintes foram perdendo aquele entusiasmo que foi sentido pelos jovens de 70.
No ano de 2008, na manhã de 25, do mês de Abril, Cavaco Silva, presidente da República portuguesa ensaia o discurso que vai dizer na cerimónia comemorativa do aniversário da data histórica. No seu discurso ele vai dizer que se apercebe que os jovens estão hoje, alheados da vida política e acrescenta que isto se deve a acção dos órgãos políticos. Depois deste discurso, José Sócrates, assumiu que iria tentar fazer alguma coisa, de modo a terminar com este problema. Estamos no fim de Novembro e o discurso foi há mais de 6 meses.
Se repararmos, este problema não se enquadra apenas no caso português. Nos EUA, por exemplo, em 2004, George W. Bush foi eleito com menos de 30% da participação de todos os eleitores. Só neste exemplo não vemos apenas um afastamento juvenil relativamente à política, mas vemos um afastamento dos cidadãos em geral!
Cavaco Silva apelou à responsabilização dos órgãos políticos, mas é necessário apelar a um esforço de toda uma sociedade civil para acolher todo e qualquer cidadão que esteja, de alguma maneira afastado da democracia. É preciso relembrar constantemente que a democracia é só exequível caso todos os cidadãos estejam motivados à sua participação; caso contrário, a situação será favorável ao aparecimento de manipuladores e ditadores, como apareceram na Europa nos anos 20.
O nosso trabalho está agora a começar e daqui a uns dias já encontrarão aqui no blog do PBF (Partido Bué Fixe) o desenrolar de todo o nosso projecto de tratamento desta problemática.
O nosso trabalho está agora a começar e daqui a uns dias já encontrarão aqui no blog do PBF (Partido Bué Fixe) o desenrolar de todo o nosso projecto de tratamento desta problemática.
André Guimarães