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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Os Jovens e a Política - Um estudo do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica Portuguesa

Este trabalho sintetiza os resultados de um inquérito por questionário realizado no final do mês de Outubro e início do mês de Novembro de 2007. O objectivo do inquérito era o de recolher informação sobre as atitudes e comportamentos dos jovens em Portugal, colocando-os, sempre que possível, num contexto comparativo com os jovens de outros países europeus num contexto longitudinal (recorrendo a dados de inquéritos realizados anteriormente em Portugal) e comparando também essas atitudes e comportamentos, naturalmente, com os de indivíduos pertencentes a outros grupos etários. O objectivo do relatório é o de descrever os resultados obtidos, fazendo um primeiro diagnóstico da situação.

Principais conclusões

· A insatisfação dos portugueses relativamente ao funcionamento da democracia é notória. A população tende a ser favorável a atitudes radicais e a reformas profundas ou radicais na sociedade. Esta insatisfação e esta posição favorável a modificações do actual sistema é mais pronunciada nos jovens (15 – 17 anos) e nos jovens adultos (18 – 29 anos) do que nos adultos e nos idosos.

· Os portugueses revelam um baixo envolvimento na política. Inserindo Portugal no contexto europeu, apenas os jovens adultos revelam algum envolvimento na política, ao contrário da restante população, onde o desinteresse é mais acentuado, sobretudo nas faixas dos jovens e dos idosos.

· Os jovens tendem em mostrar baixos indícios de conhecimento relativamente à política e revelam estar menos expostos aos meios de comunicação que transmitem informação sobre esta área.

· A população portuguesa e sobretudo os jovens tendem em ser cépticos relativamente aos meios convencionais de participação política (ex: aquela que se dá através dos partidos políticos e orientada para o processo eleitoral) excepto no caso do voto. Noemadamente os jovens e os jovens adultos, estas formas de participação convencional, sofrem a concorrência de outras formas “novas” de participação, como por exemplo, a participação em manifestações, envolvimento em associações, …

· Do ponto de vista dos comportamentos participativos, os jovens adultos também não se distinguem do resto da população activa, ao passo que os indivíduos com menos de 18 anos não se distinguem particularmente dos indivíduos com 65 anos ou mais. Esta curvilinearidade na relação entre a participação e a idade é expectável, mas os níveis de disponibilidade para a participação dos mais jovens podem ser vistos como sendo comparativamente elevados tendo em conta a sua posição no ciclo de vida.

· São baixos, do ponto de vista comparativo, os índices de participação em associações e de dedicação ao voluntariado, exceptuando a participação em associação de cariz religioso. Apesar disso, são os jovens o grupo etário da população que mais participa no movimento associativo, não se limitando apenas esse movimento a associações estudantis e desportivas.

· Toda a população é profundamente favorável a reformas que visem o aumento das mulheres na actividade política, a criação de novos mecanismos de participação e a personalização do sistema eleitoral. Este apoio é mais intenso no caso português do que no caso espanhol, o que revela uma maior insatisfação com a democracia pelos portugueses.

· O posicionamento ideológico dos jovens tende a estar mais à direita do que a generalidade da população, mas aquilo que claramente os distingue é o facto de percepcionarem menor utilidade das categorias “esquerda” e “direita” na compreensão da vida política. Este maior “desalinhamento” ideológico também se reflecte num maior desalinhamento partidário.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Palestras na escola: Palestra com a Eurodeputada Ilda Figueiredo

No passado dia 22 de Janeiro, a deputada Ilda Figueiredo, apresentou-se na nossa escola, ESGN, para dar uma palestra, para falar sobre “criatividade e inovação”.
Ilda Figueiredo é eurodeputada, vereadora em Vila-Nova de Gaia, onde reside e filiada no PCP (Partido Comunista Português).

A eurodeputada começou por explicar quais são as instituições políticas do Parlamento Europeu. Estes são o Tribunal de Justiça Europeu, Comissão Europeia, Conselho da União Europeia (instituição administrada rotativamente pelos governos dos diferentes estados membros), Parlamento Europeu e Banco Central. Este último não é visto como um órgão político institucional, mas sim uma importante instituição pois o conselho atribui-lhe funções monetárias.

Ilda Figueiredo explicou, também, que o Parlamento Europeu é constituído por 27 estados-membros, isto é, por 27 países cujos deputados são eleitos pela população de cada estados-membros. Neste ano, vão haver eleições para este órgão, dos dias 4 a 7 de Junho, em todos os estados-membros. Portugal entrou na E.U. em 1986 e tem 24 eurodeputados no Parlamento Europeu. No entanto, pelo aumento dos países no Parlamento Europeu, alguns países tiveram, em alguns casos não, de diminuir os deputados por país. Assim, Portugal foi obrigado a diminuir os seus deputados no Parlamento Europeu e , por isto, em Junho deste ano serão apenas eleitos 22 deputados. Ilda Figueiredo, por tal, defende que isso significa uma “perda de importância do país em instituições europeias”, mas “mesmo assim é importante termos lá deputados que defendam os nossos direitos”.

Depois desta breve explicação sobre o que é que consiste o Parlamente Europeu, Ilda Figueiredo entrou no assunto que a trouxe à nossa escola, a criatividade e inovação. Antes de entrar directamente no assunto a deputada começou por expressão a sua opinião relativamente a este assunto defendendo que “todos devem ter o mesmo direito e acesso a programas e instituições que promovam o desenvolvimento de capacidades artísticas e/ou culturais que desenvolvam a capacidade de qualquer um”. Referiu programas como o Programa Sócrates e Programa Erasmus, Este último programa visa o intercâmbio de estudantes com outros países, mas, explicou também que a bolsa deste programa não é assim tão grande para cobrir todos os gastos.

Ilda Figueiredo enalteceu que Portugal tem dinheiro para investigação e inovação dado pela União Europeia, mas não existe uma aposta na formação de meios humanos, para se puder ir mais longe , “bem como família e formadores não se encontram motivados”.

A Eurodeputada defende que a formação conduz à votação mais consciente e reflectida:“ se não se formarem, não podem inovar”. Esta expressou também que “ a política não é futebol”, pois, tal como referimos, é algo que temos de fazer conscientemente e não por fazer.

Em suma, Ilda Figueiredo consegui um discurso mobilizador e dinâmico que conseguiu por alguns dos alunos e até professores presentes, antes mais “desinteressados”, a colocar questões importantes acerca de política. A eurodeputada terminou o seu discurso questionando “Já viram como conseguem fazer política e não sabiam?”.

Ana Pereira