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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Colóquio "POLITICAMENTE JOVEM" - As Imagens

O Painel de Convidados (da esquerda para a direita):
Prof. Manuel Ferreira Rodrigues
Prof. Maria Eugénia Pinheiro (pres. CE da ESGN)
Jorge Almeida (JS Ilhavo)
Daniel Tavares (JSD Ilhavo)
Helena Queirós (Coordenadora "Pestinhas")
Adelino Nunes (Representante CDU)



Professor Manuel Ferreira Rodrigues falou com entusiasmo, exortando o público



Prof. Maria Eugénia Pinheiro motiva os jovens à participação


Adelino Nunes evoca a geração 25 de Abril


Jorge Almeida mostra, através dos livros, a importância da política na nossa vida


Daniel Tavares afirmou que muitos dos seus professores nunca o imaginariam à frente da JSD Ílhavo


O (jovem) público participou: Carolina Matos fala da sua vivência enquanto escuteira


Agradecemos a todos os colaboradores. Helena Queirós recebe uma lembrança nossa

quinta-feira, 5 de março de 2009

Relatório da aplicação dos questionários

No âmbito do nosso tema de Área de Projecto, elaborámos um questionário cujo objectivo era apurar o grau de envolvimento e interesse dos jovens relativamente à política. Neste contexto apresentamos agora o questionário elaborado bem como as conclusões que retiramos da análise do mesmo.

Relativamente aos questionários que o nosso grupo propôs a alguns alunos da nossa escola, sobre o “mundo” da política, verificamos que nas três primeiras questões, tanto para menores de 18 como a maiores de 18, obtivemos uma elevada percentagem de respostas certas, ou seja, nestas questões de cultura geral a maioria dos jovens de hoje mostram algum saber neste âmbito, respondendo a maioria correctamente. No entanto, obtivemos também respostas incorrectas que revelam uma profunda apatia e ignorância pelos homens que nos representam, bem como pelos feitos que são hoje assinalados por feriados.































Quanto à quinta questão, temos uma percentagem acima dos 90% dos alunos que responderam que hoje em dia não existe qualquer interesse pela política, algo que se deveria tentar mudar futuramente.











No contexto do recenseamento, verificamos que a maioria dos alunos que responderam aos questionários ainda não se recensearam tendo já 18 anos e dos poucos que se recensearam ainda não votaram, o que mostra ainda um grande desinteresse pelo direito de votar e de participar na vida politica.


A questão seguinte perguntámos se eram capazes de vender o seu direito ao voto, e esta questão surpreendeu-nos pela positiva porque tanto os menores como os maiores de idade responderam de uma forma negativa à questão, uma percentagem acima dos 85% dos alunos ao afirmarem que não o venderiam a outro cidadão.


De seguida obtivemos cerca de 100% de respostas dos alunos quando afirmaram que nunca teriam participado em associações de estudantes, facto que revela algum comodismo por parte dos jovens da nossa escola, que não lutam para serem representados na escola, meio onde passam a maior parte do seu tempo diário. Note-se que o movimento cívico de todos os cidadãos de hoje, parte no envolvimento activo em todas as questões que dizem respeito ao ambiente que os rodeia.


Quanto à próxima questão, nós propusemos aos alunos medidas que poderiam de alguma forma solucionar/atenuar esta apatia dos jovens: as 3 medidas ou posições mais escolhidas pelos alunos questionados foram:
· O reforço do movimento associativo jovem
· Um reforço das associações de estudantes das escolas e das suas competências
· A participação dos jovens em concursos ou passatempos de cariz político.













Relativamente à última questão da descida da idade mínima para votar dos 18 para os 16, uma grande maioria dos alunos não concordou com esta descida, justificando a sua resposta alegando que 16 anos é uma idade precoce para exercer um direito e um dever como o voto.


Com este questionário pudemos observar e provar a nossa teoria de que existe um afastamento, um desinteresse, por grande parte dos jovens relativamente à política. No entanto, este afastamento não é desmedido, na medida em que, quando questionados se eram capazes de vender o direito ao voto, os jovens inquiridos responderam maioritariamente de forma negativa. Quanto às soluções a serem tomadas, consideramos, através da análise dos resultados deste questionário, que um sistema político mais virado para os cidadãos, neste caso, nomeadamente para os jovens, poderá ser a chave de ouro para solucionar esta problemática. Um maior apoio ao movimento associativo pode atenuar esta tendência. Soluções como a descida da idade mínima de voto são ilusórias, na medida em que os cidadãos jovens não sentiriam qualquer mudança da sua atitude, segundo os resultados aqui obtidos.

Nuno Sarabando

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Os Jovens e a Política - Um estudo do Centro de Sondagens e Estudos de Opinião da Universidade Católica Portuguesa

Este trabalho sintetiza os resultados de um inquérito por questionário realizado no final do mês de Outubro e início do mês de Novembro de 2007. O objectivo do inquérito era o de recolher informação sobre as atitudes e comportamentos dos jovens em Portugal, colocando-os, sempre que possível, num contexto comparativo com os jovens de outros países europeus num contexto longitudinal (recorrendo a dados de inquéritos realizados anteriormente em Portugal) e comparando também essas atitudes e comportamentos, naturalmente, com os de indivíduos pertencentes a outros grupos etários. O objectivo do relatório é o de descrever os resultados obtidos, fazendo um primeiro diagnóstico da situação.

Principais conclusões

· A insatisfação dos portugueses relativamente ao funcionamento da democracia é notória. A população tende a ser favorável a atitudes radicais e a reformas profundas ou radicais na sociedade. Esta insatisfação e esta posição favorável a modificações do actual sistema é mais pronunciada nos jovens (15 – 17 anos) e nos jovens adultos (18 – 29 anos) do que nos adultos e nos idosos.

· Os portugueses revelam um baixo envolvimento na política. Inserindo Portugal no contexto europeu, apenas os jovens adultos revelam algum envolvimento na política, ao contrário da restante população, onde o desinteresse é mais acentuado, sobretudo nas faixas dos jovens e dos idosos.

· Os jovens tendem em mostrar baixos indícios de conhecimento relativamente à política e revelam estar menos expostos aos meios de comunicação que transmitem informação sobre esta área.

· A população portuguesa e sobretudo os jovens tendem em ser cépticos relativamente aos meios convencionais de participação política (ex: aquela que se dá através dos partidos políticos e orientada para o processo eleitoral) excepto no caso do voto. Noemadamente os jovens e os jovens adultos, estas formas de participação convencional, sofrem a concorrência de outras formas “novas” de participação, como por exemplo, a participação em manifestações, envolvimento em associações, …

· Do ponto de vista dos comportamentos participativos, os jovens adultos também não se distinguem do resto da população activa, ao passo que os indivíduos com menos de 18 anos não se distinguem particularmente dos indivíduos com 65 anos ou mais. Esta curvilinearidade na relação entre a participação e a idade é expectável, mas os níveis de disponibilidade para a participação dos mais jovens podem ser vistos como sendo comparativamente elevados tendo em conta a sua posição no ciclo de vida.

· São baixos, do ponto de vista comparativo, os índices de participação em associações e de dedicação ao voluntariado, exceptuando a participação em associação de cariz religioso. Apesar disso, são os jovens o grupo etário da população que mais participa no movimento associativo, não se limitando apenas esse movimento a associações estudantis e desportivas.

· Toda a população é profundamente favorável a reformas que visem o aumento das mulheres na actividade política, a criação de novos mecanismos de participação e a personalização do sistema eleitoral. Este apoio é mais intenso no caso português do que no caso espanhol, o que revela uma maior insatisfação com a democracia pelos portugueses.

· O posicionamento ideológico dos jovens tende a estar mais à direita do que a generalidade da população, mas aquilo que claramente os distingue é o facto de percepcionarem menor utilidade das categorias “esquerda” e “direita” na compreensão da vida política. Este maior “desalinhamento” ideológico também se reflecte num maior desalinhamento partidário.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Palestras na escola: Palestra com a Eurodeputada Ilda Figueiredo

No passado dia 22 de Janeiro, a deputada Ilda Figueiredo, apresentou-se na nossa escola, ESGN, para dar uma palestra, para falar sobre “criatividade e inovação”.
Ilda Figueiredo é eurodeputada, vereadora em Vila-Nova de Gaia, onde reside e filiada no PCP (Partido Comunista Português).

A eurodeputada começou por explicar quais são as instituições políticas do Parlamento Europeu. Estes são o Tribunal de Justiça Europeu, Comissão Europeia, Conselho da União Europeia (instituição administrada rotativamente pelos governos dos diferentes estados membros), Parlamento Europeu e Banco Central. Este último não é visto como um órgão político institucional, mas sim uma importante instituição pois o conselho atribui-lhe funções monetárias.

Ilda Figueiredo explicou, também, que o Parlamento Europeu é constituído por 27 estados-membros, isto é, por 27 países cujos deputados são eleitos pela população de cada estados-membros. Neste ano, vão haver eleições para este órgão, dos dias 4 a 7 de Junho, em todos os estados-membros. Portugal entrou na E.U. em 1986 e tem 24 eurodeputados no Parlamento Europeu. No entanto, pelo aumento dos países no Parlamento Europeu, alguns países tiveram, em alguns casos não, de diminuir os deputados por país. Assim, Portugal foi obrigado a diminuir os seus deputados no Parlamento Europeu e , por isto, em Junho deste ano serão apenas eleitos 22 deputados. Ilda Figueiredo, por tal, defende que isso significa uma “perda de importância do país em instituições europeias”, mas “mesmo assim é importante termos lá deputados que defendam os nossos direitos”.

Depois desta breve explicação sobre o que é que consiste o Parlamente Europeu, Ilda Figueiredo entrou no assunto que a trouxe à nossa escola, a criatividade e inovação. Antes de entrar directamente no assunto a deputada começou por expressão a sua opinião relativamente a este assunto defendendo que “todos devem ter o mesmo direito e acesso a programas e instituições que promovam o desenvolvimento de capacidades artísticas e/ou culturais que desenvolvam a capacidade de qualquer um”. Referiu programas como o Programa Sócrates e Programa Erasmus, Este último programa visa o intercâmbio de estudantes com outros países, mas, explicou também que a bolsa deste programa não é assim tão grande para cobrir todos os gastos.

Ilda Figueiredo enalteceu que Portugal tem dinheiro para investigação e inovação dado pela União Europeia, mas não existe uma aposta na formação de meios humanos, para se puder ir mais longe , “bem como família e formadores não se encontram motivados”.

A Eurodeputada defende que a formação conduz à votação mais consciente e reflectida:“ se não se formarem, não podem inovar”. Esta expressou também que “ a política não é futebol”, pois, tal como referimos, é algo que temos de fazer conscientemente e não por fazer.

Em suma, Ilda Figueiredo consegui um discurso mobilizador e dinâmico que conseguiu por alguns dos alunos e até professores presentes, antes mais “desinteressados”, a colocar questões importantes acerca de política. A eurodeputada terminou o seu discurso questionando “Já viram como conseguem fazer política e não sabiam?”.

Ana Pereira

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Plaestras Na Escola - Plaestra com o Deputado João Bernardo

Todos os anos, a União Europeia promove a iniciativa “Parlamento de Jovens”. Neste concurso, jovens de todos os países-membros organizam-se em listas e propõem uma série de medidas, subordinadas a um determinado tema proposto pela organização do concurso, que podem ser colocadas em prática em toda a UE. Mais uma vez, como já tem sido tradição, a nossa escola (Escola Secundária com 3º ciclo da Gafanha da Nazaré) inscreveu-se no concurso, neste ano, sob a temática de Cidadania.

Neste contexto, o Sr. Deputado João Bernardo veio à nossa escola dar uma palestra sobre o tema “Participação Cívica na Europa”, no dia 15 de Dezembro de 2008.
Nesta palestra, o Sr. Deputado mostrou-se feliz ao saber que em Portugal, 700 escolas estavam inscritas no “Parlamento de Jovens”, um número que já é relativamente grande. Na nossa óptica, este número é bastante interessante e positivo. Com isto, conseguimos subentender que esta iniciativa tem tido sucesso e há cada vez mais jovens a participar. Ao participarem, começarão a ter mais contacto com a política e com a cidadania, o que pode vir a contrariar a tendência que os jovens têm relativamente à política: uma atitude de desinteresse e desmotivação.

Depois de ter revelado este dado, o Sr. Deputado João Bernardo, iniciou o seu discurso propriamente dito a que se propôs. Começou por dizer que só conseguimos ter uma verdadeira participação cívica se soubermos o funcionamento das instituições que nos representam. Assim, em conjunto, concluímos que a principal instituição que representam os cidadãos é a Assembleia da República.

O edifício que actualmente alberga a Assembleia da República remonta desde o século XVI. Compõem a Assembleia da República:
- O Plenário
- O Presidente da Assembleia da República (actualmente, Jaime Gama)
- Comissões Parlamentares
- Grupos Parlamentares
As competências da Assembleia da República, consagradas na Constituição da República, vão desde a função legislativa (de elaborar leis), passando pelo Controlo e Fiscalização de outras instituições e pela criação de outros órgãos públicos, até à sua função de Representação dos cidadãos.
A Assembleia será dissolvida em Junho de 2009, devido às eleições legislativas marcadas para uma data próxima. 230 é o número de deputados que presidem à Assembleia da República e que foram eleitos nas eleições legislativas de 2005.

Depois da explicação destas explicações, o Sr. Deputado João Bernardo passou a descrever o processo de aprovação de uma lei, que nós consideramos ser simples e rápido, mas que implica um trabalho concertado de vários órgãos de um grau de complexidade elevado. Descrevo agora sucintamente os passos que se têm de dar até à aprovação final de um lei:

- Iniciativa (que pode vir do governo, dos grupos parlamentares ou dos cidadãos)
- Admissão pela Assembleia
- Apreciação em Comissão Parlamentar
- Discussão em Plenário e votação geral
- Discussão e votação particular em Comissão
- Votação global
- Redacção final de todos os artigos que compõem a lei
- Decreto da Assembleia da República da admissão da lei
- Promulgação pelo Presidente da República
- Referenda do 1º Ministro (última redacção da lei)
- Publicação em Diário da República.

Note-se que todo o nosso dia-a-dia é composto por leis e se hoje temos um serviço de saúde público, se podemos andar na escola, se podemos abrir um estabelecimento e montar um negócio, … foi preciso repetir este processo tantas vezes quantas leis fossem e forem precisas para regular todas as actividades e movimentos de um país.

Depois de todas estas dicas sobre política, o Sr. Deputado passou a debruçar-se mais sobre a participação de cada um na vida política e enalteceu um aspecto fundamental que revela que é possível a participação directa dos cidadãos na política: a questão das Petições. Uma petição é um documento entregue à Assembleia da República que vem da iniciativa dos cidadãos. Este documento, logo que entregue, deve ser discutido obrigatoriamente, em Parlamento. O número mínimo de assinaturas para que uma queixa ou comentário seja uma petição civil, é da 4000 assinaturas. No entanto, o Sr. Deputado João Bernardo referiu que à Assembleia chegam muitas petições que nem sempre tem algum fundamento para serem discutidas, pelo que estão a ponderar limitar este processo de participação. Daí que, logo em seguida, o Sr. Deputado tenha avisado que a política é algo de série porque rege a nossa vida, pelo que não deve ser levada de uma forma mais leviana.

Para terminar o seu discurso, João Bernardo mostrou espaços onde os jovens podem participar activamente, sem estarem intimamente ligados a um partido.
- A Escola é o local mais prático e mais fácil para os jovens para exercerem a sua cidadania. Os alunos devem organizar-se em Associações de Estudantes que serão o início de uma atitude cívica nos jovens.
- O movimento associativo (associações de desporto, defesa de património, arte…) é outro espaço de organização da sociedade civil onde os jovens podem fazer parte
- Os jovens também podem começar a ter um papel cívico na sociedade através de campanhas de voluntariado e de solidariedade
- Campanhas de defesa de ambiente, não só constituem espaços de participação como também necessitam de pessoas que se movam por esta causa, nomeadamente jovens
- Por último, os jovens devem dirigir-se aos órgãos de poder local e dar críticas construtivas, mas sobretudo propor soluções para os problemas que vêem.


Foi esta a palestra dada pelo Sr. Deputado João Bernardo que mostrou como é possível a participação activa na política, nomeadamente pelos jovens, sem ser necessário estar filiado num partido. A única condição necessária para que qualquer cidadão se revele interessado na política é que esses mesmos cidadãos entendam a importância da política na sociedade.

André Guimarães